quarta-feira, 31 de dezembro de 2014

Conheça o Fibrocimento

Você conhece o Fibrocimento? Saiba aqui mais sobre este material.

O que é:
Fibrocimento é o nome dado a um material feito a partir de uma pasta de cimento e reforçado por fios (ou filamentos) de outros materiais, podendo estes ter origem sintética ou natural.
O tipo de fibra (fio) utilizado de maneira mais comum é o de Crisotila, que pode ser classificada como filamento natural. A fibra de Crisotila é obtida a partir da britagem deste mineral, um amiantífero. São conhecidos no mundo cerca de 30 variedades de rochas amiantíferas, mas a Crisotila é a única que não teve sua extração, transporte e acabamento para uso proibida. As demais formas foram classificadas como perigosas para a saúde humana, uma vez que podem provocar câncer ou asbestose (doença respiratória causada por contaminação com Silicato de Amianto).

Aplicações:
Além das famosas telhas de fibrocimento (já citadas no blog), também existem outras formas de emprego para o material, como caixas d'água, revestimento externo, interno (tanto para paredes quanto para forro) e outros.

Telha de Fibrocimento

Vantagens:
As vantagens do uso são várias: peças de fibrocimento são, normalmente, mais favoráveis ao meio ambiente que outras. Possibilitam manuseio e trabalhabilidade simples, são à prova de fogo, resistem ao congelamento, são isoladoras acústicas além de sua viabilidade econômica (no telhado, pode ser ainda mais barato por reduzir a quantidade de madeira utilizada na estrutura.
Caixa d'água de fibrocimento


Desvantagens:
As desvantagens são: as peças deste material transferem muito calor e podem interferir no conforto dos ambientes, também quebram-se com facilidade. Por ter poucas maneiras de organizar e formatos conhecidos no mercado, suas composições não são estéticamente agradáveis.



Portanto, o Fibrocimento, que veio (em muitos usos) para substituir o Amianto, pode ser usado com várias funções na obra, desde que o material atenda às necessidades do ambiente, e se assim for, pode-se esperar boa economia.

quarta-feira, 24 de dezembro de 2014

Materiais para Alvenaria

Você quer construir mas não sabe qual tipo de material escolher para a alvenaria? Saiba que deve-se avaliar as características do material na hora da escolha. Cada material tem suas especificações, e alguns não podem ser usados em todas as ocasiões. Conheça os tipos de tijolos/blocos mais comuns na construção civil:

Tijolo comum 
Proporciona conforto térmico e acústico para a casa, porém é necessário um grande número de tijolos para se construir um metro quadrado de parede. Por isso, há um aumento nos gastos com mão-de-bra e argamassa. Outro problema com esse material é a falta de perfeição dimensional das peças, o que causa as vezes, o uso excessivo de material para reboco.



Tijolo Baiano 
Só pode ser usado como vedação porque não suporta cargas estruturais. É o tijolo mais barato, mas tem altos índices de quebras e produz muito entulho no canteiro de obras. Assim como o tijolo comum, o baiano também não tem precisão dimensional.  




Tijolo de Solo-cimento 
Ele é feito de uma mistura de terra e cimento prensados. Conhecido como tijolo ecológico, seu processo de fabricação não exige queima, por isso, não polui o ar e ainda evita desmatamentos. Para assentar esse tipo de tijolo, em vez de argamassa comum, é usada uma cola especial. Seus dois furos internos permitem embutir a rede hidráulica e elétrica, dispensando o recorte das paredes. Além disso, produz uma alvenaria uniforme, dispensando o uso excessivo de material para o reboco. 




Tijolo vazado:
pode ser feito em cimento, cerâmica e até vidro. Funciona para fechamento ou divisão de ambientes permitindo a passagem de luz e ventilação
Tijolo Vazado Cerâmico



Tijolo vazado - Vidro




Bloco Cerâmico 
Usando esse material a obra ganha rapidez e economia. Segundo estudos, o bloco cerâmico gera uma economia de 30% no custo final da obra. Isto porque demanda menos tempo de assentamento (por ser grande). Esse tipo de material dispensa a etapa de recorte das paredes, pois as instalações elétricas e hidráulicas podem ser embutidas durante a execução da alvenaria. Por outro lado, as construções feitas com blocos cerâmicos estruturais não podem ser reformadas. 







Bloco de Concreto 
O bloco de concreto rende mais porque a mão-de-obra executa a alvenaria mais rapidamente.O desperdício causado pelas quebras do material é muito inferior ao tijolo baiano. É preciso menos argamassa de assentamento e camadas mais finas de reboco, principalmente nas paredes internas. Porém entre todos, é o que oferece menor conforto térmico. Nas paredes externas, é recomenda-se pintura com tinta acrílica para aumentar a proteção contra umidade.




O material que será utilizado na estrutura deve ser definido no projeto para não causar desperdícios e custos elevados da obra.
É importante avaliar a largura e o comprimento das paredes, as características e as funções de cada material e, principalmente, se ele é encontrado facilmente na região. As tradicionais paredes de alvenaria podem ser construídas com tijolos de barro, blocos cerâmicos ou de concreto. 

Agora você já sabe o material correto que deve utilizar em sua construção. Mãos à obra!!









Fonte:
http://www.forumdaconstrucao.com.br

quarta-feira, 17 de dezembro de 2014

Sistema de Ar Condicionado: Como funciona ?

O ar condicionado é um aparelho que tem como objetivo tratar o ar de ambientes fechados, proporcionando uma melhoria na temperatura e umidade do espaço. A substância R-22, de base constituída por cloro, flúor e carbono, é a responsável pelo processo de resfriamento do ar  na temperatura de 07 ºC em estado liquido. O processo funciona da seguinte maneira:
  1. Um ventilador suga o ar presente no ambiente e atravessa um evaporador, passa por uma serpentina gelada com R-22, com isso o ar esfria e volta para a sala;
  2. Quando absorve o calor presente no ar, o R-22 passa do estado líquido para o estado gasoso dentro da serpentina e entra em um compressor elétrico (responsável pelo barulho do ar condicionado), que comprime o gás em uma alta pressão transformando-o em um gás quente com temperatura de 52 ºC;
  3. O gás aquecido entra em um condensador, como o R-22 está com uma temperatura maior do que o ambiente externo, ele resfria e volta ao seu estado líquido. Um outro ventilador sopra o ar quente que restou para fora do aparelho;
  4. O R-22 que voltou ao seu estado líquido através do condensador, entrará em uma válvula de expansão, onde perderá sua pressão e resfriará até 07 ºC, temperatura que o mantém em estado líquido, reiniciando assim todo o ciclo.


Para sabermos a potência correta do condicionador de ar saber quantas pessoas e equipamentos eletrônicos estão no ambiente e considerar a relação do ambiente com a exposição ao sol: se recebe o sol da manhã, da tarde ou o dia todo. 

Exemplo:
Você tem um quarto com 4m de comprimento x 3,5m de largura, multiplicando comprimento x largura você terá a metragem quadrada (área do ambiente), totalizando 14m².  Agora, calcular a carga térmica:
Multiplica-se a metragem quadrada do ambiente (14m²) x 800 BTUs, dando assim um total de 11.200 BTUs. 
Pensa que acabou? Ainda não. Agora você precisa somar mais 800 BTUs por pessoa que ficará constantemente nesse ambiente e também somar de 600 a 800 BTUs por equipamento eletrônico ligado constantemente nesse ambiente.

Agora sim ! Você ja sabe a capacidade do equipamento de ar condicionado que deve comprar para esse ambiente.

O BTU - Unidade térmica Britânica - é a unidade que determina a potência de refrigeração de cada aparelho de ar condicionado.

Para atender as necessidades de cada cliente, as empresas de ar condicionado possuem vários modelos do aparelho, proporcionando maior conforto e qualidade tanto na área tecnológica como na área de engenharia. Esses modelos são divididos em portáteis, de parede e Split:

Ar Condicionado Portátil: Este aparelho não necessita ser instalado, já que sua principalmente vantagem é a mobilidade,  podendo assim ser levado para qualquer ambiente. Sua potência de refrigeração está entre 9.000 e 13.000 BTUs.



Do tipo de parede (janela) : compactos,  pode ser instalado na parede ou na janela, hoje estes produtos já possuem um baixo consumo de energia. Não são tão silenciosos quanto a linha Split, porém os modelos novos já tem um ruído menor, com algumas restrições para instalação em determinados edifícios ou residências, como por exemplo, alteração de fachada.





Os condicionadores de ar do tipo Split podem ser classificados em cinco grupos: os cassetes, cantos de teto, hi-wall, piso-teto e quarto lados.

Canto teto: O canto teto se diferencia pela instalação em cantos do ambiente. Potência de refrigeração entre 9.000 e 12.000 BTUs


Cassete: Usualmente acoplado ao teto, o Cassete pode ser escondido por um forro de gesso. A  vantagem é a interface disfarçada, sendo uma boa opção para prédios que possuam pé direito alto e acabamento em gesso


Hi-wall: Chamado apenas de Split, é indicado para instalação na parte superior dos ambientes de forma centralizada, o que favorece a melhor distribuição da ventilação. Potência de refrigeração entre 7.000 e 30.000 BTUs.



Piso-teto: Podem ser instalados na horizontal ou vertical, no piso ou no teto. Potência de refrigeração entre  18.000 e 80.000 BTUs.



Quarto Lados: Para espaços amplos, foi desenvolvido para ficar no centro do ambiente com a vaporizadora exposta, oferece boa distribuição de ar e requer um pé direito mais elevado. Potência de refrigeração entre 30.000 e 60.000 BTUs.

Dutado: Oferece boa distribuição de ar devido a um sistema único de estrutura em dutos. É o mais indicado para conjuntos comerciais e ambientes empresariais por ser customizável.


Multi Split :Similar ao hi-wall, se diferencia por conter apenas uma condensadora e oferecer resultados próximos de aparelhos que possuem múltiplas. É indicado como solução para quem possui problemas de espaço para instalação. Potência de refrigeração entre 18.000 e 36.000 BTUs.





O cliente deve então, avaliar qual é o melhor tipo para o ambiente onde vai ocorrer a instalação.










Fontes
www.arcondicionado.com.br
www.fazfacil.com.br
mundoestranho.abril.com.br
www.zoom.com.br

quarta-feira, 10 de dezembro de 2014

Material Reciclado: Entulho gerado em Obra


A construção civil é um setor de prestação de serviços que tem crescido cada vez mais no nosso país, os avanços nesse campo tem gerado uma grande quantidade de entulho . Este se apresenta na forma sólida, com características físicas variáveis, que dependem do seu processo gerador, podendo apresentar-se tanto em dimensões e geometrias já conhecidas dos materiais de construção (como a da areia e a da brita), como em formatos e dimensões irregulares: pedaços de madeira, argamassas, concretos, plástico, metais, etc.


Praticamente todas as atividades desenvolvidas no setor da construção civil são geradoras de entulho. No processo construtivo, o alto índice de perdas do setor é a principal causa do entulho gerado. Embora nem toda perda se transforme efetivamente em resíduo - uma parte fica na própria obra - os índices médios de perdas (em %) apresentados abaixo fornecem uma noção clara do quanto se desperdiça em materiais de construção - a quantidade de entulho gerado corresponde, em média, a 50% do material desperdiçado.
Já nas obras de reformas a falta de uma cultura de reutilização e reciclagem são as principais causas do entulho gerado pelas demolições do processo.
Nas obras de demolição propriamente ditas, a quantidade de resíduo gerado não depende dos processos empregados ou da qualidade do setor, pois se trata do produto do processo, e essa origem, sempre existirá.




Toda essa produção de resíduos fez com que fossem criadas alternativas para a reciclagem dos materiais descartados. Com isso, foi criada a ABRECON (Associação Brasileira para Reciclagem de Resíduos da Construção Civil, que tem como objetivo conscientizar os governos sobre a necessidade de se reciclar entulho e achar soluções sustentáveis para a construção civil.

É muito importante que haja uma usina especializada envolvida no processo da reciclagem, para que não ocorra contaminações e problemas com a obra. Através do site da ABRECON, é possível conhecer essas empresas.

Processo de reciclagem em usina
A reciclagem de resíduos gerados em obras proporciona economia, devido a substituição de materiais convencionais por resíduos reciclados. A areia e a brita reciclada é cerca de 20% mais barata do que a convencional. Utilizando esse entulho ajudamos na diminuição dos danos causados ao meio ambiente e suas consequências como enchentes e assoreamento de rios.

Para pavimentação utilizando o agregado, o processo de reciclagem é o que exige menor uso de tecnologia, e energia, diminuindo os custos.  Pode-se usar todos os componentes minerais do entulho como tijolos, argamassas, areia, pedras, cerâmicas, etc., sem precisar separar nenhum deles.

Para o uso em concreto, você também pode usar todos os componentes minerais do entulho, não precisando separa-los. Quando se utiliza baixo consumo de cimento, há também uma melhoria no desempenho do concreto comparado aos agregados convencionais.

Para o uso no preparo de argamassas, há uma redução no consumo de cimento e cal, já que o entulho se comporta como um aglomerante, podendo endurecer novamente. Ocorre também um ganho na resistência a compressão das argamassas.

Areia Reciclada


Mesmo com todas essas vantagens seu uso ainda não é muito comum devido ao preconceito dos construtores com o material. Por ser mais barato, muitas vezes é encarado como um material de baixa qualidade. Muitas empresas que usam esse recurso, não divulga, com receio da desvalorização do imóvel, o que é algo totalmente equivocado.

A aplicação de materiais reciclados do entulho deve ser estudada caso a caso, pois algumas características próprias do antigo uso daquele entulho, ou sua composição podem causar danos (como o asfalto, que é composto de várias substâncias tóxicas, ou o entulho de concreto que teve contato com um agente contaminante, químico ou biológico).

Brita reciclada


Outro risco que deve ser pesquisado a fim de ser evitado é quanto o entulho bruto é utilizado para enchimento, por exemplo, na pavimentação de uma calçada, quando a altura é elevada utilizando-se entulho para que depois haja a concretagem. Ainda que muito bem "batidos" os fragmentos podem continuar se compactando, assim deixando um vazio por baixo da pavimentação, que tende a ruir. Mas isto não quer dizer que este tipo de serviço não pode ser feito, é possível ter bons resultados com suficiente planejamento e atenção aos fatores de perigo. 
 Alguns materiais, se devidamente processados para a separação do resto dos escombros da construção, podem estar presentes em várias etapas da obra, por exemplo:
   
  -A areia reciclada pode ser utilizada em argamassas para assentar blocos de vedação, contrapisos, pavimentos, e para a confeccão de artefatos de concreto de vedação e de outras naturezas (como bancos, fontes e mourões), mas é muito pouco recomendado o uso em alvenarias, concreto e peças estruturais.

-O pedrisco reciclado pode ser empregado também na confecção de artefatos de concreto.

-O rachão (material com dimensão superior de 63mm e inferior a 150mm), pode ser utilizado para terraplenagem, para uso funcional em drenos e enchimento em obras de pavimentação.


Resultado da reciclagem


Esse é um entre os vários meios para economizar na obra e também ajudar o meio ambiente.


quarta-feira, 3 de dezembro de 2014

O telhado verde é uma técnica arquitetônica e construtiva que baseia-se na aplicação de um solo especial e vegetação sobre uma edificação. 

Esse sistema já vem sendo bem comum no Brasil. No Teatro São Pedro, em Porto Alegre, existe um telhado verde desde 2009. O telhado foi instalado para melhorar a temperatura dos ambientes. A iniciativa ainda diminuiu o gasto com energia em 30%. Por se tratar de um sistema vivo, a vegetação impede o acúmulo de calor, distribuído de forma mais homogênea. A cobertura vegetal se encarrega de consumir esta energia pela evapotranspiração e pela fotossíntese, não restando nada a ser transferido para o interior da casa, garantindo um isolamento térmico, reduzindo a energia consumida com ar condicionado.

Quanto as chuvas, em construções que possuem o telhado ecológico não necessitam de calhas, é necessário apenas um dreno para que o excesso de água da chuva escoe já que sua vegetação absorve grande parte desse elemento levando-o para a terra, onde é armazenada e reutilizada pelo processo de condensação da água, umidificando o ar.
No Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro, a área verde na unidade, no centro da cidade, chega a  2000 metros quadrados, proporcional um excelente isolamento acústico por conta da terra utilizada na composição do telhado verde.

No Shopping Eldorado (São Paulo) são 2000 metros quadrados de laje cobertos por uma horta bem diversificada. Os nutrientes que fazem essas plantas crescerem vêm do lixo orgânico do próprio shopping. 

Cobertura do Shopping Eldorado


Além das vantagens já citadas, o telhado ecológico auxilia na purificação do ar por meio da fotossíntese realizada pelas plantas (processo que transforma gás carbônico em gás oxigênio).

O preço de realização desse serviço é alto por exigir mão de obra especializada, quando o trabalho no jardim de telhado pode ocasionar infiltração na estrutura pela quantidade de água de chuva armazenada em seu solo. 

A manutenção deve ser constante e rigorosa para que não surjam pragas próprias das plantas (como pulgões e fungos, por exemplo) e pragas urbanas como ratos e baratas. Esse serviço de manutenção deve ser realizado por especialistas assim como o de instalação.


Para instalar o Telhado Verde, é necessário tomar alguns cuidados: como com a laje, que deve ser impermeabilizada com uma manta asfáltica para que não ocorram infiltrações. A manta vai ser instalada como a primeira camada depois da superfície da laje e não permite a passagem de água.


A estrutura também precisa ser estudada a fim de que se descubra qual carga pode ser instalada, descobrindo assim que tipo de cobertura será feita (como qual será a lâmina de terra e as espécies plantadas), o ideal é que a Cobertura Verde já esteja prevista em projeto, a fim de que as estruturas estejam preparadas - uma laje de fechamento comum suporta uma carga aproximada de 200Kg/m², um jardim suspenso por sua vez pode ter aproximadamente 450Kg/m². 

Também é preciso ter um sistema de drenagem que vai ser responsável por tirar a água em excesso do local, é necessário que o sistema seja recoberto por uma malha (bidim) que impeça que a água leve junto consigo terra, areia ou outros materiais.

Além disso, precisam ser instaladas camadas de agregados como: Argila expandida, areia fina e grossa e terra, para que sirvam de filtro e substrato.

Depois que tudo estiver instalado, o ideal é que se plante grama, do método que for mais prático e funciona, a grama depois de estabilizada estará disponível para o plantio.